quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Tinta

Tuas cores,
costuradas todas em um vestido de remendos
que me cabe até os joelhos,
como uma luva, eles diriam.

E eu que adentro tudo,
penso em mãos.
Penso também em tatos, em indicadores.
Pouco penso em direção,
Pega o pincel ,
que pinte o que pintar.

E tuas cores todas,
misturadas em uma maquiagem,
que me salpicam a face,
para algumas noites de festa.
Rubores, e maçãs de rosto.
Natureza viva, movimento.

Que festa! As tuas cores todas,
anunciando a primavera que já chega.
Chega mais, aquarela
Que não mais me deixa ébria,
esses goles de tons pastéis.

Tuas cores e minha sede
Meus goles de insanidade.

Tu se fez líquida...
Eu enlouqueci, e bebi tinta.

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