quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

mais um desabafo.

Gruda teu ouvido aqui no meu sussurrar, Essas coisas que vou falar me doem ao me ouvir plenamente. Sim a gente se mente. E depois não tem como se ignorar. Eu perdi o foco, me pareço um castelo de lego que se desmonta numa tarde de brincadeira de criança. Eu esqueço ás vezes que cresci. É bom isso, dizem aqueles “Peter Pans da positividade”. Crescer pra quê? Guarde a criança que vive em você. Por céus que clichê. De tanto me guardar não acompanhei nenhum dos meus sonhos. Eles foram se realizando pros outros, e eu a aplaudir. Palmas pra mim. Hoje eu quero me reencontrar, e já é talvez a décima quinta vez que eu quero isso em 23 anos. E agora eu só posso isso. Isso as vezes é mal definido, e ainda é tudo. Isso sou eu no dia vinte e sete, do mês do carnaval.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Arfando.

A minha boca de café manchada de juras de amor passados. A minha matutina carência querendo o novo, e de novo e de novo. Eu tenho me transpassado em fitas e contornos. A mão frenética perambulante de noite, agrado-me como agrada me as suas, de tarde. E aperta-me o peito, a falta, aperto as coxas e tremo. A minha mente de lençóis e sussurros, a minha fala de estridentes pensamentos e tatos. Eu tenho me saturado de demências calmas, e de silêncios gritantes. Tenho estado líquida secando ao sol, eu tenho um outro tipo de sol na barriga também. Eu me queimo sozinha, me descasco em ranhuras, e se quiser... Te bronzeio os anseios. Se quiser.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

P/ cigana, se existir.

Podia ser cigana, pelo jeito que dança descalça na calçada, ou na sala d’min’alma. Descasca minha calma, fico fragmentada de misticismos, deleita-se na minha cama. Deleito-me junto ou devaneio só?! Acho que és escorpiana, no sol,ou lua,ou a ascende, não sei, mas me acende, incidia alguma coisa incandescente como seus olhos que carregam os raios de todos os sóis. Saturada de loucura e quereres por ela sois. Lê minha mão, meus pensamentos mais dispersos, Sou o alvo desconexo pra seu feitiço ou oração. Esmeralda, ou Rubi, nome de pedra preciosa que nunca vi, mas que dizem meus devaneios ter se deleitado na minha cama de janeiros, e foi-se com a estação. Fico com resquícios de uma saudade que nem sei se é verdadeira, até, e então...

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

sobre sorrisos e gaiolas.

Querida, querida sem a falsidade da palavra querida, porque afugentou o amor, e não posso mais te chamar desse termo. Mas ainda és querida, não que lhe queira, nem eu, nem meu coração, mas ainda me agrada saber que existe no seu mundo, da mesma forma que eu deixei de existir. Querida, eu queria te falar ( mas dessa vez não vou dizer...”Que pela última vez”, porque cansei de me contradizer), queria te falar dos porquês de te abanar cada vez mais, de te querer bem, mas querer longe. Os motivos óbvios são escuros, não vou dizer claros, porque clara é a minha visão agora, clara é essa leveza, clara é dançar quando se quer e falar besteiras, sem se prender aquela pose que te agradava e que eu me via em farsas. ( até mesmo um pouco dura, reta demais) Outro motivo é o sorriso, aquele solto das pessoas e o teu preso, não gosto de nenhuma gaiola, e essa tua com diamantes ou rubis ( sequer recordo), não deixa nada mais bonito, continua a ser gaiola. Prisões de luxo, é isso que me cansa, que me cansou. Não estou fadada a viver de desgostos pro teu gosto. Querida, para, pisa no freio. Não mais te mando amor pelo correio, mas te deixo um conselho: Essa tua pressa de chegar onde quer que seja ( que eu nunca soube) tá te fazendo perder suas caronas pelo caminho ( sem que você sinta a perca) e não te permite ver a paisagem. Existem paisagens que ficam mais lindas ainda se a gente sorri. Ps: Aliás, fica bem, querida.