sexta-feira, 27 de julho de 2012

É um tiro no escuro, se baleado saí o “Ai” só depois de abalado. Sempre a sensação de que dessa vez... Como se houvesse novidade no novo. Mas é sempre o bom e velho, ou mal... No começo é como fogo, depois é culpa da estação, de qualquer insegurança, mas não é minha não! Não é culpa de ninguém que se inicia, é um fio que se incita, se insinua... Depois a culpa é tua se finita, mas não é minha não. São tantos “eus”, e tantos “vocês”... Que já se passaram e que vão vir, depois daqui... Aqueles que nem se passam por nós. Mas tudo tão igual. Um gemido em coro... Todos “ais” descompassados... No final, amar sempre dói.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

nostalgia ou não?

Já tomei várias taças de vinho com amigos, alguns nem eram taças... Copo de plástico ou de requeijão, alguns nem eram amigos... A gente se perde de nós mesmos em diversas estações, principalmente no inverno. A gente se perde uns dos outros e no final a culpa é de quem? Quem inventou a culpa? A gente se perde ou se muda, a gente emudece e se perde. A ordem das coisas nunca fizeram muita diferença, a gente curte a desordem, ou curtia. A gente cresce e tem que se organizar. Muitos dos meus amigos que casaram me abanavam de longe, muitos que se desquitaram voltaram a pousar a cabeça no meu ombro,e eu sempre tive dois deles, e costumava ter paciência. Minha indignação de hoje é a mudança, que vem lenta ou repentina, que transforma tudo, e joga as pessoas que já tiveram tamanha importância pra polos cada vez mais distintos, e a gente se acostuma como se a importância fosse desimportante. Como se pessoas fossem garrafas pets, todas retornáveis... Algumas nunca mais voltam. Hoje só quero amenizar o meu descaso, se for hipocrisia, que seja, é a minha, e eu engulo muitas alheias todos os dias. Hoje eu vou tomar um vinho em copo de plástico sozinha, e vou brindar a todos que passaram. Que talvez, a invenção não seja minha, mas culpa sim! Cheers!