terça-feira, 28 de agosto de 2012

re..ticências

(...) Mas, por céus porque ser de tantas formas? E nos recolhimentos ser algo borbulhante, e nos frenesis da vida, ser esse arrepio que acua todos os músculos? Por mais eloquentes personalidades, nos outros, todo o outro, deseja a calma que não possuí, uma estabilidade que como a oração, proteja e guarde essa sua toda remendada. E assim esquivos, somos fisgados por toda hipnose carnal e seus métodos de união... E assim fáceis, nos deixamos guiar por equívocos de eternidade, babamos juras delas entre os lençóis. Pobres ingênuo, nós mesmos, por nos acreditarmos dessa forma. Mas, por céus, porque evocar a tolice? E porque dessas músicas que apagam o sorriso da cara da gente?(...)

domingo, 12 de agosto de 2012

Perdoe o roteirista, mas foi assim que o filme acabou.

Perdoe a minha insensibilidade, de chorar pela primeira e última vez, as mágoas não palpáveis que todo seu ser me proporcionou, na sua frente. Perdoe a luxúria que te emanei, ante a negação futura das nossas reminiscências, perdoe o querer dolorido de te querer, de me postar tal qual pele transitória pras suas mãos, quando quero ser ainda aquela onde você ás estatiza. Perdoe não aceitar o posto de segunda opção, quando não aceito mais baixa que essa, e perdi a primeira colocação por ter repetido tantos não ás suas insistências. Perdoe não querer mais jogar o jogo que inventei. Perdoe a tolice de acreditar que nós desataríamos os nós que nos entrelaçamos, amarrando braços e pernas nessa dança úmida que não mais te tirarei pra dançar. Perdoe chorar só no fim. Quando acaba a água com açúcar de alguns romances, começa o drama, e se finda assim.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

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São problemas meus, e devem ser resolvidos por mim. Minha arrogância não permite que você os resolva. Na minha cabeça de quem assume a astrologia da vida e finge-se que leva uma coroa na cabeça, e anda rugindo por ai… Aceitar tamanhas incapacidades é uma comparação com coisas que caem e quebram, ou somente ficam menores, entendo dessa forma. Sim eu penso que possuo ainda algumas coisas pra honrar, então honro os meus problemas, com tamanha devoção que honro as medidas que tomei para eles. Chamo isso de crescimento. Talvez pra que fique mais bonito p/ o espelho, ou porque isso é um problema que ainda não medi. Muitas vezes no fim aceito, como se minhas fatigantes negações fossem meras birras de criança, ou seus argumentos fossem bons… Muitas vezes eu aceito pra ver seus olhos de satisfação. Muitas vezes caio e me quebro por você, outras tantas delas por mim, muitas vezes o parecer da vida é contraditório, tanto quanto eu… Ou nós, que pensamos que estávamos nos colando.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Uma falta de sossego na boca do estômago, nas mãos inquietas que perambulam minha pele na falta das suas. Que falta das suas! Uma voz que ecoa nas paredes da memória, ainda que sobrecarregada, bem entoada, totalmente audível. Repetindo incansavelmente a fala que decorei, de tentativa de amizade com o tempo. O tempo é amigo de quem o quer, e ainda que queira-o, me posto como senhora feudal,e o escravizo. Decoro falas pra amenizar tal falta, mas não lhe presenteio com sapatos novos. Tem o meu excesso, que há tempos não satura meus recipientes, e sim os seus, transbordando em cor escarlate cintilante, e meus olhos, antes cegos pra tais cores agora deram pra ver, e enxergo agora, também triste, o fio que nos ata, por um fio. E inicia em mim, uma falta de sossego na boca do estômago, um hematoma interno do meu próprio soco, e as mãos que perambulam até a minha boca, em sinal de falta da sua. Que falta da sua!