quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Uma falta de sossego na boca do estômago, nas mãos inquietas que perambulam minha pele na falta das suas. Que falta das suas! Uma voz que ecoa nas paredes da memória, ainda que sobrecarregada, bem entoada, totalmente audível. Repetindo incansavelmente a fala que decorei, de tentativa de amizade com o tempo. O tempo é amigo de quem o quer, e ainda que queira-o, me posto como senhora feudal,e o escravizo. Decoro falas pra amenizar tal falta, mas não lhe presenteio com sapatos novos. Tem o meu excesso, que há tempos não satura meus recipientes, e sim os seus, transbordando em cor escarlate cintilante, e meus olhos, antes cegos pra tais cores agora deram pra ver, e enxergo agora, também triste, o fio que nos ata, por um fio. E inicia em mim, uma falta de sossego na boca do estômago, um hematoma interno do meu próprio soco, e as mãos que perambulam até a minha boca, em sinal de falta da sua. Que falta da sua!

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