segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

des-abafo.

Olha o céu, se não fosse por essas nuvens carregadas, ele estaria azul, limpinho como minha alma em dias de calmaria. Olha, hoje o dia não está calmo, são as nuvens carregadas, é a vida de uns que está pesada, são meus braços finos que não conseguem carregar todo esse peso sozinha. Mas tudo bem, tudo bem...
Olha a eternidade não é nada, e amanhã de certo passa. Eu confio no tempo como enfermeiro, ele as vezes faz compressas com gazes em certos ferimentos, ele as vezes cura tudo. Ele as vezes tenta e não dá em nada, ai então eu confio em mim.
Olha eu sei que as coisas nem sempre andam bem, as coisas já estão velhinhas, dói o joelho das coisas, ai você tem que pegar na mão, ou no colo e atravessar as ruas com ela, porque foram as coisas que te ensinaram o que é a vida, o que é respeito, mas se você não aprendeu, quem sou eu...?
Mas...
Olha eu tenho um amigo pra te apresentar, que sempre que posso colo nele, ou ele cola em mim, não lembro seu sobrenome porque ele não se importa, talvez seja Grande, ou Singelo, não recordo mesmo, mas não tem importância, seu primeiro nome é lindo, é Sorrisso. E eu tenho ele como meu amigo, acho que ele pode te ajudar a enfrentar tudo.
Olha o céu, tá se abrindo um azulão... Acho que até vem sol por ai... Meu amigo sorriso tá aqui batendo a porta, eu vou abrir (...)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

...

Eu mergulhei profundamente, como se possuísse o fôlego daqueles todos que o perderam em meus pulmões,.Eu deixei que a superfície me esperasse com brilho nos olhos, o coração da superfície apertado á minha falta.
Eu sentia pouca falta do sólido. No agora desses dias, eu queria coisas líquidas, penetráveis... Então o fundo do mar, os peixes, as cores (...)

Sentia as rugas moles em meus dedos, como se a pele toda fosse cair, sentia as pernas colarem, e as articulações mudarem, nenhum medo, não era preciso. Braços e pernas virando nadadeiras, e eu virando um ser do mar, um ser que não era de lá antes, meu fôlego agora, infindável nesse lugar.

Eu devia me sentir em casa, eu devia... Mas, agora quero voar
Devia ser usado como costume, como perfume, ser cultuado e cultural... O pensar antes de falar. Evitaria muitos sopros e outros tipos de buraquinhos no coração