sexta-feira, 10 de maio de 2013

Prostíbulo mental

Te moldo em pensamentos cheios de peles e poros.
Arrepiares.
Revivo cenas irremediáveis, transloucas e nada reais.
Sonhos nada pueris, nada vestidos.
Te penso em dentes, querida monstro.
Me penso triturada no céu da tua boca.
Mastiga meus suspiros antes mesmo de soltá-los.
Enaltece a garganta seca com meus líquidos.
Te escorro nos dedos, rio no teu coração em passeio.
Visita de médico no teu coração "SI!"
pois tremo em claustrofobia.
Estadia no teu corpo de imensidão.
Vamos ébrios um do outro tropeçando em camas.
Meu pensamento é uma zona, limpa.
Pago teu preço.

terça-feira, 7 de maio de 2013

tolice.

Você escreve pra mim, e eu não tenho caixa de correio.
Borrachas na porta de casa, freios.
Você pensa que tenho cataratas ou sou cega de nascença.
Tenho na verdade menina muda na retina.
Eu ando de vermelho e não temo touradas.
Touché.
Sou clichê.
Sofro de amor, e desejo que o mundo acabe. ...
Depois tudo muda. ...
Por outra qualquer.

domingo, 5 de maio de 2013

reversos da mariposa.

Tenho nostalgia de poesias não vividas. Insistência de colher flores de caminhos que não percorri. Eu munida de sentidos, desastrada da vida, vou perdendo todos pelos caminhos. Bagunço mentalmente lençóis que não me deitei. Meus rebordos são tolices, e não tem batom vermelho que abafe. Não tem pose que eu pare, que os pensamentos não estejam em movimento. Esse trem na minha cabeça só vai... O do coração tem retornos. Sou uma ambiguidade entristecida. Mente perspicaz e coração tolo.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

vômito efêmero.

Vou te contar tudo, mas não como quem conta o dinheiro, nem o tempo... Vou te contar como quem recita poemas, no bar. Vou te contar que estou me perdendo em copos, e em bocas que mal tocam a minha, embriagada. Eu sou um litro cheio, de coisas bem miseráveis, pra não dizer vazias, e ser obvia.... Tô saturando... De desejos plantados mas mal semeados, Pela tua falta de chuva, nos meus campos. Eu estou esbofeteada de nãos. tua negação é tão ridícula Quanto meu fogo vivo que sobe pelas coxas. Além de não me querer, quantas outras mentiras você se conta por dia?