sábado, 4 de novembro de 2017

Em suma, ser.
Esse intransponível pinicante,
que ignora a malemolência e a coceira pois não há desvio.
Há uma lista riscada em cima, de desculpas pedidas,
e outra ainda esperando o tempo certo ( como se soubesse quando), sentada.
Doí as vezes, fino, como corte de papel sulfite A4,
pego num momento desatento de fissura por rabisco.
Em suma, ser.
O pavoroso belicoso que insiste em brandar bandeiras brancas,
na tentativa de ser aceita, aceita, aceita.
Eu que sou cada vez menos cabível, preenchendo com essa existencia proporcional,
espaços cada vez menores...
Choro, lavo e seco, planto e colho das minhas terras internas,
e vou tentando ser autossuficiente, orgânica, verde antes de madura.
Ser semente desconhecida e acreditar que dessa vez vão brotar flores ou frutos.
Se não, tem outras estações,
e outras...
E eu ainda, que não me parto,
e vivo tentando dar alguma luz.
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Riscando mais uma desculpa, diante do espelho da sala.

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