terça-feira, 26 de julho de 2011

O retorno de Margot.

Margot me habita novamente, em segredo, como ela gosta. Margot fuma cigarros na minha banheira, usa minha imagem no espelho sem eu conceder isso á ela.
Ela diz que ela em mim, é o mesmo que explicar detalhadamente cada pergunta que eu fiz ás paredes, ela não sabe contar quantas foram, mas quando parte acha que me fez bem.
Margot segreda nos meus ouvidos segredos dos os outros, só porque me envolvem um pouco, acho isso cruel. Me fala de forma quase poética, que eu virei palavra quando fui falta, que sentiram minha falta enquanto enumeravam meus erros. Ela ri, e diz que eram tantos.
Margot sempre tão muda, em mim tagarela, como se escrevesse um livro, eu sendo o papel sempre. Margot sempre me faz chorar, quando vem assim sem avisar, esporádicamente.
Margot chegou nessa noite com malas enormes, sem data pra voltar.

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