terça-feira, 12 de julho de 2011

Pra ti, chuva.

Começou a chover justo agora, eu pensei em escrever, e ajeitei todas as coisas, acendi um cigarro, e coloquei mais um pouco de café na xícara, fui escrever a primeira letra, que agora não recordo que letra que era, e começou a chover, justo agora.
Eu nunca te falei, mas entre tantas coisas que eu nunca te falei está essa, que eu sempre pensava em você quando chovia.
Não tivemos nada marcante em um dia de chuva, não que eu recorde ao ponto de te associar todas as vezes, mas quando chovia me dava aquela sensação... Aquela de quando chove e você tá dentro de casa, você se sente seguro, e tão confortável que se te cobrem os ouvidos tu adormece, e se possível tem um sonho lindo. Essa sensação se igualava quando você chegava e me olhava daquele jeito, que teus olhos brilhavam... Eu me sentia em casa, sentia que estar dentro dos teus olhos, minha voz no teu ouvido, a tua voz tapando os meus, era o melhor lugar pra se estar, pra adormecer e ter sonhos lindos em dias como hoje, que chove lá fora, e aqui dentro.



Tenho uma goteira de dentro pra fora, talvez eu ponha um balde nos joelhos.

Um comentário:

  1. e aí eu penso, os destinatários leem? quer dizer, até leem, mas escrevem alguma coisa por dentro??

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