sábado, 28 de janeiro de 2017

Bff imaginário.

Olha como estou destraida Zé.
Terceiro café que esfria sozinho, sem que eu me dê conta.
Não ando dando conta, nem de café Zé, percebe?
Parece até que volito sobre todos esses últimos dias
desde....Desde que Zé?
Tu lembra?
Onde desencadeou todo esse estado de perdição?
Se ainda fosse aquelas perdições que te acordam de ressaca
rasgos em roupa
e boca doendo de risada, como valeria não?
Não vale nada, passar assim, sem tesão
mas morrendo, morrendo dele, entre os dedos.
Me sacio porque não mastigo nada dessas horas que me apeteça o paladar
Só minha própria língua quando meu imaginário joga na cara
aquelas coisas que eu devia ter falado naqueles diálogos machucados.
Eu tenho certeza que ainda encontrarei alguém à quem remeter meus últimos escritos
Um Leonard pra toda minha Virginia.
Parece bonito essa coisa de não aguentar e contar pra alguém,
"nem que seja a última coisa que eu faça".
Vejo piadas onde não tem Zé.
Onde tem me parece obvio.
Tudo parece obvio.
Me chamo obvia, e é ai que te chamo Zé.



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