sábado, 3 de dezembro de 2016

Esperou me encontrar sôfrega mas taciturna.
Juntando ainda, as chepas não totalmente fumadas
dos seus cigarros adocicados,
fina de olhos compridos, como se acordada pelo estômago em fome,
de uma noite febril.
Me procurou suando frio, esperando que eu ainda precisasse que tu,
mais alto, acendesse as lamparinas da noite escura.
Me esperou passar lânguida pela janela que dava pra rua,
com o semblante de uma mulher que era pra ser tua.

Não me viu. . .

Mas eu te vi passar recitando velhos poemas,
espalmado as paredes do passado.
Mais um pobre homem preso,
na sua figura de coitado.

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