domingo, 23 de outubro de 2016

Espero a tua fome

A noite tem dessas coisas,
de acender algo, fervilhar outros, borbulhar alguns.
Continuo cozinhando aquela ideia que te falei noites atrás.
Tenho salpicado uns temperos,
nunca fui de menosprezar paladares.
Terá recheio, se prepare.
Logo mais dá pra assoprar e provar.
Não é bolo, mas a primeira colherada é tua.
Sim, se come de colher, sem cortes...
Tem mais a ver com abertura da boca,
gosto de entregar pratos assim em grandes proporções.
A noite tem dessas coisas de desejos pesados,
assaltos á geladeiras, contrastes com calor que sinto,
aqui...
Nessa casa que habito, nessa particular cozinha que cozinho.
Fervo àquela ideia de noites atrás,
Dá pra sentir o cheiro portar afora,
A mesma porta que te quero dentro.
Deixo esfriar no balaústre, ao relento,
espero que não demores muito.

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