domingo, 30 de abril de 2017

Pacífico, o oceano.
E nós mesmos, líquidos, no globo.
De glóbulos rojos y blancos,
água fraca e mal vitaminada.
Suor corredeira de solvente pra sujeira dessa gente.
Retirados como se não nos fosse nada, nada.
Fosse só mais um pertence e também não nos pertencesse.
Assim nos querem bem,
dizendo tudo bem, em tantas línguas.
Nosso rosto que nos difere é indiferente,
Devemos ser só nariz rente a calçada, e pouco a pouco achar que ali onde enxergamos é nossa casa.
E a deles já completando sete, uma linda no campo.
Nos querem dançando enfeitados em volta da fogueira que antecede pele em brasa.
Oh, minha nossa!
A minha, a nossa.
Incitam nossa dispersão para virarmos atração em vários pontos.
Nos querem digladiando entre nós mesmo, metáforas e decência, usando estilingue nas nossas vidraças, e protegendo veementemente a deles.
Nos querem pacíficos, desejando uns aos outros, a paz tirana e o conforto deles.
Nós querem pacíficos como uma senhora já com setenta e poucos, batendo ponto as sete da manhã.
Nós querem pacíficos, porque nos sabem oceano,
não saberiam amaciar um imenso revolto.
Pacíficos sempre, mantendo a paz deles.

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