domingo, 5 de fevereiro de 2017

Andava à esmo, na praça onde nos apaziguávamos,
e lá estava a memória alva,
me puxava pelo faro.
Quis saber de você...
Cheirei tão profundamente aquelas jasmins,
que doeram meus pulmões tratados à cigarros.
Lembrei do teu olhar ao vê-las aquela vez, e me ardeu um arranhado antigo, das tuas unhas roídas.
Como podem aqueles dias transformarem-se nesses?
Eu perguntaria às florzinhas mudas.
Se elas me respondessem...
Quem sabe...
Quem sabe?
_
Se a gente soubesse.

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