sexta-feira, 12 de abril de 2013

balbucios de consultório

(...) São só rabiscos! Eu falei um tanto rubra... Escondendo com a mão esquerda, com uma vergonha imensa, de mostrar assim, que penso...De lembrar que sem escorrer os pensamento em palavras, para mim, sempre foi um coágulo. Morro de medo de morrer de câncer. Olha pra mim assim cheia de medos e vergonhas, deve pensar na tolice que é ser-me. Ou não olha, e disfarça, não faz eu perder o foco das minhas tolices, se é para não tentar compreende-la na cena posterior. Se quiser saber-me com afinco, aguente ouvir, guarde o coração para ler-me. Das vantagens da fala solta que me foi dada, ou como a falta de mudez apenas...Eu sou daquelas que quer sim, explicar o sol, sem saber do seu ardor...Porque se quiser ouvir, eu quero em dobro falar. Qualquer tolice corriqueira, como a sinusite do meu tio-avô de nome engraçado, que sempre que espirra, ri, me fazendo rir também...Vou querer falar do que me faz rir, porque na fala de voz estridente que possuo, é disso que gosta de falar. Tristezas eu guardo pros borrões das minhas letras, como a que comecei a escrever, quando teus olhos por tras da minha nuca, fez minha mão esquerda esconder. Sei que você esconde o gostar das tristezas, como quem esconde as roupas íntimas na gaveta. Se alguém revira ela dá uma vergonha assumir uma ceroula laranja fluorescente, né?.

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