domingo, 14 de abril de 2013

No teu telhado de vidro.

Me compara com um gato, gosto. Piso leve, te ronrono, te banho com língua. Mas tenho um peso impagável nas balanças do mundo. Tenho o olho do furacão por detrás das pálpebras. Possuo risos ressentidos e lágrimas de crocodilo. Eu sou uma quimera, você não quer entender de minhas mitologias. Você só quer os dias de sol da minha barriga. Você ignora que possuo tempestades, e uns navios que naufraguei por puro mártir, no meu interior. Você ignora minha humildade como a colega gorda da sala. Você é vil com o amor. E ele tolo, como sou, me largou faminta á porta da sua casa. Mio teu leite morno. Mas não sou o animal que você figurou. Sou das piores raças da terra, como você. Mas eu tenho sentimentos.

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