segunda-feira, 4 de julho de 2016

Na geladeira: Pegar Felicidade 17:35 na estação B do metrô onde a deixou.

Pra minha felicidade, tenho um colchão no armário, duas cobertas ensacadas,
escova de dentes da cor que ela gosta...E bolo pronto, pois não sei de doce.
Pra ela eu troco as flores, queimo incensos leves, escovo os tapetes...
Quando ela anuncia que tá vindo, eu já vou até rindo, sei dos planos da danada.
Quer me levar á noitada, dar uma guinada, como se eu as vezes fosse leme perdido no vento,
desmitificar meu nada (que sempre me afundo) ai ela chega e me joga no mundo, toda empolgada,
como se soubesse a jornada, e eu sempre esquecesse.
Ela parece até que tem sirene que toca, quando eu toco, toco e não sinto nada,
ela parece palmada que se dá, quando a criança nasce e diante do mundo, fica chocada.
Eu choco, choco, como carrinho de choque, e ela sempre chega pra me indicar onde estacionar,
dar sinal, e por onde de novo ir.
Pra minha felicidade, eu até mexo com panela de pressão, hoje vai ter feijão...
Ela tá de chegada...

De passagem, eu agora já sei,
depois de tanto contemplar a janela...
De passagem, sim,
mas de mudança também.





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