segunda-feira, 10 de junho de 2013

E o tempo, João?

O tempo tá errado João! Aquele eternizar passou apenas para uma visita, brandiu um lenço sujo pelo tempo, e se foi. E o efêmero pediu pouso. Eu que nunca fui hospitaleira, que não tenho cobertas no armário, disse a ele: -Fica, então! Vive agora correndo pela casa. Brincando com os gatos. Até lava a louça da minha macarronada de letrinhas. E eu, João? E eu o que faço? Vivo de resquícios de um eterno que se foi, Ou ensino o efêmero a pisar manso? Como se doma o tempo, João? Como reivindicamos nós mesmos, de nós mesmos? Ai João! Não sei o que fazer de mim com visitas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário