terça-feira, 17 de abril de 2012

acordando cansada, reclamando parada, frases sobre o nada.

O último cigarro do dia está na metade e ainda é manhã, apesar de eu ter pensado que poderia dormir ela inteira e guardar o cigarro pra tarde, o tempo nos arranca as cobertas em dias frios, sem nenhuma cautela com o arrepio da pele. O dia está gritando como uma criança mal educada, ou uma mãe que pensa que o agudo da voz é educar. Eu só sei ser filha, então tenho que assumir um posto de quem não sabe de nada ainda, e eu nem sei se sei. Os dias voltaram a ser iguais em algumas partes, o ócio voltou a pendurar-se nos ponteiros do relógio, e o não saber o que fazer de si, voltou a brincar de ciranda na minha cabeça congestionada de sinusite. Meu mal psicológico sobrepuja meus males físicos, eu sou o próprio mal do meu século em duas décadas e uns anos, mesmo me fazendo bem em algumas horas do dia. Eu tento com todas as forças me reerguer das palavras duras que me direcionam, e outras que minha própria fala, me fala no espelho, algumas são verdades cortantes, e são essas as que mais doem, talvez só essas são as que doem. Falo essas coisas que aqui escrevo, porque preciso que saiam de mim, preciso de sol, e acho que vai chover, preciso me ocupar de alguma coisa, Lúcifer tem feito almoço e janta nos meus pensamentos, eu só quero parar de ferver ...

Um comentário:

  1. andei lendo teu blog e fazendo comentários all over.. espero que nao se espante, rss... (mundo "virtual" dá nisso...)

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