domingo, 30 de outubro de 2011

Latente.

Eu não choro há muitos dias, eu teria motives pra chorar se continuasse somando as coisas leves, agrupando elas em montinhos até que obtivessem peso, até que pinguinhos de lágrimas começassem a escorrer lentamente do canto do meu olho até o canto da minha boca, e eu me escondesse num cantinho toda auto-piedosa, toda melindrosa, e como uma menininha que foi mal interpretada ...Eu poderia.

Eu não choro há muitos dias, engulo a seco certas friezas, me inflama a garganta ai eu fumo um cigarro, e dou uma gargalhada, porque eu posso ser dissimulada e meticulosa, visto essas defensivas como roupas novas, te encanta?

Eu não choro mais, penso que logo meu nervos vão expelir do tanto que incham em certos momentos, e as lagrimas esvaecem ainda dentro, nenhum sinal de fraqueza, até as pernas que não jogo pro alto, enfio no salto, me agüentem, eu faço isso a vinte e tantos anos, e não me canso.

Eu não choro há muitos dias, e isso faz com que eu pense demais, eu repito que penso demais porque me cansa certos pensamentos, e outros me assustam, eu me assusto, e controlo certos sussurros, pensar alto me postariam ao lado do marques de Sade em uma jaulinha para perversos, ou pervertidos, eu não choro nem mais tanto por libido.

Eu não choro mais, mas por favor não insista, não há segurança que persista a tantos desencontros.

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